Com o objetivo de facilitar a localização das variedades de mandioca recomendadas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, está disponível aos interessados a publicação “Localização georreferenciada de unidades de produção com variedades de mandioca recomendadas pela Embrapa: biomas Caatinga e Mata Atlântica.
O Documento 60 é resultado de um período de um ano de levantamento de campo feito pelos pesquisadores Clóvis Almeida, Aurea Albuquerque, Nilton F. Sanches, José Souza e pelos analistas Cícero Lucena e Jacqueline de Araújo. Apresenta, por meio da técnica do georreferenciamento, a localização das principais variedades de mandioca introduzidas e lançadas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura nos biomas Caatinga e Mata Atlântica, desde a incorporação da pesquisa participativa ao programa de melhoramento genético de mandioca da Unidade, em meados dos anos 90. Estão identificados, em várias tabelas, o município, a comunidade, a variedade, o ponto georreferenciado, a latitude, a longitude, a altitude e o bioma.
Questões fundamentais
Segundo o pesquisador Clóvis Almeida, líder do projeto “Impacto da pesquisa participativa do melhoramento genético da mandioca no bioma caatinga”, a publicação responde a cinco questões fundamentais para a Embrapa. “São elas: 1) Onde nossas variedades estão; 2) Quais as variedades mais adotadas pelos agricultores, as melhoradas ou as introduzidas pela Unidade; 3) Quais as variedades recomendadas pela Embrapa e adotadas por estado da região Nordeste e Norte de Minas; 4) Qual a variedade recomendada que é mais adotada em cada Estado e; 5) Qual a participação do bioma caatinga (por estado e no total) na produção de mandioca da região Nordeste”, pontua Almeida. “Por meio da associação das informações, podemos até confirmar que a tolerância das variedades à seca deve ser um dos principais objetivos do programa de melhoramento genético de mandioca, com vistas a incrementar e acelerar o processo de adoção de novas variedades destinadas ao bioma Caatinga”.
A ideia é, com esses dados, possibilitar a execução de trabalhos de avaliação de adoção e de impacto das variedades. “Eles podem ser muito importantes, por exemplo, para orientar ações de dois grandes programas liderados pela nossa Unidade: "Rede cooperativa de avaliação e transferência de genótipos de mandioca" e "Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca com qualidade genética e fitossanitária” (Reniva)”, afirma Almeida. A publicação está disponível na coluna ao lado.